Há quem lhe chame a Veneza portuguesa, outros comparam-na a Amesterdão. Seja como for, há mais para conhecer na região além dos canais e dos ovos moles. Pode passar pela Casa de Chá Arte Nova, o Museu da cidade, mas honestamente, não vale a pena continuar. A principal atração turística é mesmo a Ria e, agora, já pode aproveitá-la no novo percurso da cidade: um passadiço de madeira que liga o centro da cidade à margel sul do Rio Douro do Príncipe.
Inaugurado a 1 de julho, o novo passadiço tem cerca de 7,5 quilómetros de extensão e ligam o Canal de São Roque a Vilarinho. Pelo meio passam pelo Cais da Ribeira de Esgueira e ao longo da Ria de Mataduços, Póvoa do Paço e Vilarinho. Se quiser completar a ida e volta, prepare-se, porque são uns duros 15 quilómetros. Ou então pegue na bicicleta e faça-se ao passadiço, até porque todo ele é ciclável.
Estes 7,5 quilómetros da Via Ecológica Ciclável de Aveiro fazem parte de um projeto maior. A iniciativa integra o projeto global da empresa de requalificação e preservação da Ria, a Polis Litoral Ria de Aveiro, uma obra com 48 quilómetros de extensão e que se desenvolve em dois percursos: um entre Estarreja e Aveiro, com passagem por Albergaria-a-Velha, num total de 23 quilómetros e onde figuram estes novos passadiços e, outro que não passa pela cidade, entre Vagos e Mira com 25 quilómetros.
Regressando aos novos passadiços. O projeto custou 800 mil euros, mas mais importante é o porquê da sua construção. Segundo revela o diretor de comunicação da Câmara de Aveiro, Simão Santana, à 4MEN, “para além da valorização ambiental, a ideia passar por voltar a ligar os os cidadãos dos aglomerados urbanos à sua principal referência. Devolver a Ria à cidade”.
A Ria de Aveiro é um estuário de 45 quilómetros de extensão e tem uma largura máxima de 11 quilómetros, formada no século XVI como resultado do recuo do mar. É considerado por muitos como um dos mais belos locais da costa portuguesa.
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